Meu primeiro contato com a escrita
de Raduan Nassar foi por meio de Lavoura Arcaica. Agora, por incentivo do Hora
da Novela, reencontrei-a. A escrita de Um Copo de Cólera nasce não se sabe de
onde. Ela é a corporificação da cólera, da paixão, tanto tem de macia e veluda
como tem de áspera e violenta. O Esporro, como foi concordado por todos(as)
presentes no último encontro, é um capítulo que só tem efeito se lido de um
gole só. Resultaram-se desse dia questionamentos sobre o fato de os personagens
não serem nomeados, talvez como uma maneira de universalizá-los; sobre as
representações do homem e da mulher, a relação passional e de dominação entre
os dois; sobre o empirismo e o racionalismo nas ciências humanas, o pensamento
tradicional e o moderno acerca das questões da época. Enfim, em apenas um copo
coube uma enxurrada de temas e questões. Um Copo de Cólera é leitura
oficialmente recomendada pelo Hora da Novela.
Texto: Robson Nogueira (Letras/Português Licenciatura 8º semestre)
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