Nesse
vídeo, temos um resumo do que foi discutido nos primeiros encontros do
clube,qualquer dúvida que ainda permanecer entrem em contato por
mensagem.
Abraços!
Obs.: São dois encontros que acontecem durante 8 semanas, um pela manhã e outro pela tarde.
Sejam todos
bem-vindos ao segundo ano do Clube de Leitura Hora da Novela!
Para quem não
conhece, o clube de leitura é uma atividade de extensão envolvendo leitura e
debate de obras literárias das mais diversas, sejam de autorxs nacionais ou
internacionais, clássicos ou contemporâneos.Essa atividade está dando início o segundo ano de realização no centro
de humanidades da UECE.
Os encontros são
quinzenais, ou seja, de duas a três vezes por mês reuníramo-nos para discutir
obras literárias que foram selecionadas pela coordenadora Sarah Diva Ipiranga e
o bolsista Abdiel Anselmo de Sousa.
Segue abaixo o
calendário resumido com as novelas do semestre 2017.1:
Esse ano estaremos
nos reunindo às terças-feiras pela manhã (11h) e às sextas-feiras pela tarde
(17h) no Centro de Humanidades da Uece - sala à definir.
Nessa última semana de encontros do clube de leitura hora da novela, fecharemos nossa saga novelística com um conto dos precursores do da weird sci fi, mais conhecida por nós como terror cósmico. Falemos um pouco da vida de H.P. Lovecraft.
Lovecraft era o único filho de Winfield Scott Lovecraft, negociante
de jóias e metais preciosos, e Sarah Susan Phillips, vinda de uma
família notória que podia traçar suas origens diretamente aos primeiros
colonizadores americanos, casados numa idade relativamente avançada
para a época. Quando contava três anos, seu pai sofreu uma aguda crise
nervosa que deixou sequelas profundas, obrigando-o a passar o resto de
sua vida em clínicas de repouso.
Assim, ele foi criado pela mãe, Sarah, por duas tias, e por seu avô, Whipple van Buren Phillips. Lovecraft era um jovem prodígio que recitava poesia aos dois anos e já escrevia seus próprios poemas aos seis. Seu avô encorajou os hábitos de leitura, tendo arranjado para ele versões infantis da Ilíada e da Odisseia, de Homero, e introduzindo-o à literatura de terror, ao apresentar-lhe clássicas histórias de terror gótico.
Lovecraft era uma criança constantemente doente. Seu biógrafo, L. Sprague de Camp, afirmou que o jovem Howard sofria de poiquilotermia, uma raríssima doença que fazia com que sua pele fosse sempre gelada ao toque. Devido aos seus problemas de saúde, ele frequentou a escola apenas esporadicamente mas lia bastante.
O seu avô morreu em 1904, o que levou a família a um estado de pobreza, devido à incapacidade das filhas de gerirem os seus bens. Foram obrigados a mudar-se para acomodações muito menores e insalubres, o que prejudicou ainda mais a já débil saúde de Lovecraft. Em 1908, ele sofreu um colapso nervoso, acontecimento que o impediu de receber seu diploma de graduação no ensino médio e, consequentemente, complicou sua entrada numa universidade. Esse fracasso pessoal marcaria Lovecraft pelo resto dos seus dias.
Nos seus dias de juventude, Lovecraft dedicou-se a escrever poesia, mergulhando na ficção de terror apenas a partir de 1917. Em 1917, publicou seu primeiro trabalho profissional, Dagon, na revista Weird Tales. Lovecraft junto de Clifford Martin Eddy, Jr., foi um ghostwriter do magazine Weird Tales, inclusive escrevendo uma história, "Sob as Pirâmides" (Under the Pyramids, também conhecida como Imprisoned with the Pharaohs), para o famoso mágico Harry Houdini.
A sua mãe nunca chegou a ver nenhum trabalho do filho publicado, tendo morrido em 1921, após complicações numa cirurgia.
Lovecraft trabalhou como jornalista por um curto período, durante o qual conheceu Sonia Greene, com quem viria a casar. Ela era judia natural da Ucrânia, oito anos mais velha que ele, o que fez com que sua tias protestassem contra o casamento. O casal mudou-se para o Brooklyn, na cidade de Nova Iorque, cidade de que Lovecraft nunca gostou. O casamento durou poucos anos e, após o divórcio amigável, Lovecraft regressou a Providence, onde moraria até morrer.
O período imediatamente após seu divórcio foi o mais prolífico de Lovecraft, no qual ele se correspondia com vários escritores estreantes de horror, ficção e aventura. Entre eles, seu mais ávido correspondente era Robert E. Howard, criador de Conan o Bárbaro. Algumas das suas mais extensas obras, Nas Montanhas da Loucura e O Caso de Charles Dexter Ward - seu único romance -, foram escritas nessa época.
Os seus últimos anos de vida foram bastante difíceis. Em 1932, a sua amada tia Lillian Clark, com quem ele vivia, faleceu. Lovecraft mudou-se para uma pequena casa alugada com sua tia e companhia remanescente, Annie Gamwell, situada bem atrás da biblioteca John Hay. Para sobreviver, considerando-se que seus próprios textos aumentavam em complexidade e número de palavras (dificultando as vendas), Lovecraft apoiava-se como podia em revisões e "ghost-writing" de textos assinados por outros, inclusive poemas e não-ficção. Em 1936, a notícia do suicídio do seu amigo Robert E. Howard deixou-o profundamente entristecido e abalado. Nesse ano, a doença que o mataria (cancro no intestino) já avançara o bastante para que pouco se pudesse fazer contra ela. Lovecraft suportou dores sempre crescentes pelos meses seguintes, até que a 10 de março de 1937 se viu obrigado a internar-se no Hospital Memorial Jane Brown. Ali morreria cinco dias depois. Contava então 46 anos de idade.
Howard Phillips Lovecraft foi enterrado no dia 18 de março de 1937, no cemitério Swan Point, em Providence, no jazigo da família Phillips. O seu túmulo é o mais visitado do local, mas passaram-se décadas sem que o seu túmulo fosse demarcado de forma exclusiva. No centenário do seu nascimento, fãs norte-americanos cotizaram-se para inaugurar uma lápide definitiva, que exibe a frase "Eu sou Providence", extraída de uma das suas cartas. Lovecraft é um dos poucos autores cuja obra literária não tem
meio-termo: volta-se única e exclusivamente para o horror, tendo como
finalidade perturbar o leitor, depois de atraí-lo para a atmosfera, o
ambiente, o clima daquilo que lê.
Um dos ingredientes da fórmula lovecraftniana para seduzir o leitor é o
uso da primeira pessoa: a maior parte de seus contos, entre eles as
obras-primas primordiais O chamado de Cthulhu, Um sussurro nas trevas, A cor que caiu do céu, Sombras perdidas no tempo e Nas montanhas da loucura.
Algumas vezes, todos os acontecimentos são vividos pelo narrador, como
em Sombras perdidas no tempo; outras vezes, o narrador convive com
algumas personagens e toma parte dos fatos (em geral, a pior delas).
Durante a sua vida, dispôs de um número relativamente pequeno de
leitores, no entanto sua reputação verificou uma elevada gratificação
com o passar das décadas, e ele, agora, é considerado um dos escritores
de terror mais influentes do século XX. De acordo com Joyce Carol Oates, Lovecraft, como aconteceu com Edgar Allan Poe no século XIX, tem exercido "uma influência incalculável sobre sucessivas gerações de escritores de ficção de horror" , Stephen King chamou Lovecraft de "o maior praticante do século XX do conto de horror clássico.
O conto A cor que caiu do espaço, é o um dos contos preferidos do autor e uma dos mais populares, o clube disponibilizou este conto na edição da Hedra e em pdf. Estamos ansiosos para o debate até quinta(15/12)! Abaixo um breve vídeo de vlog que apresenta um pouco desse universo do terror cósmico.
Texto da biografia foi retirado do site:
H.P. Lovecraft. Disponível:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/H._P._Lovecraft>.
Data de acesso 14/12/2016.
Essa semana conheceremos Veronica Stigger, autora brasileira contemporânea que gosta de experimentar bastante em suas obras.
Ela nasceu em 1973, em Porto Alegre. Desde 2001, mora em
São Paulo. É escritora, crítica de arte e professora universitária. Em
1991, ingressou no curso de Jornalismo da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS), onde conheceu o poeta, professor e crítico
literário Eduardo Sterzi, com quem vive até hoje. Chegou a trabalhar em
redações de rádio, televisão e jornal, mas as abandonou para se dedicar à
pesquisa universitária. É mestre em Semiótica pela Unisinos e doutora
em Teoria e Crítica de Arte pela USP. Possui pós-doutorado pela
Università degli Studi di Roma “La Sapienza”, pelo Museu de Arte
Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP) e pelo Instituto de
Estudos da Linguagem da UNICAMP. Atualmente, é coordenadora do curso de
Criação Literária da Academia Internacional de Cinema e professora nas
Pós-Graduações em História da Arte e em Fotografia da FAAP e na
Pós-Graduação em Formação de Escritores do Instituto Vera Cruz. Seu
livro de estreia, O trágico e outras comédias, uma reunião de contos,
foi publicado primeiramente em Portugal pela editora Angelus Novus, de
Coimbra. No ano seguinte, o livro ganhou edição brasileira pela 7Letras,
do Rio de Janeiro. Depois deste, publicou mais nove volumes: sete
adultos e dois infantis.
Em seus livros, explora as diferentes formas literárias,
desrespeitando propositalmente os limites de gênero. Por isso, seus
textos assumem os mais diversos formatos: contos, poemas, peça teatral,
legenda, anúncio publicitário, palestra etc. Desde 2010, vem realizando
também intervenções artístico-literárias em exposições coletivas e
individuais. Não por acaso, dois de seus livros se originaram de
projetos de literatura pensados para outros suportes que não o livro:
Delírio de Damasco decorre da instalação visual Pré-Histórias, 2,
realizada nos tapumes da unidade em construção do SESC da Rua 24 de
Maio, em São Paulo, em 2010, e Minha novela de vídeo homônimo
apresentado na exposição individual Sarau, ocorrida entre dezembro de
2012 e fevereiro de 2013, na Casa do Brasil, em Bruxelas. No teatro, em
2013, assinou a dramaturgia da peça ¡Salta!, do Coletivo Teatro
Dodecafônico, de São Paulo, e, naquele mesmo ano, teve textos seus
adaptados para o palco pelas companhias Súbita e Casca no espetáculo
Extraordinário cotidiano, apresentado em Curitiba, e por Felipe Hirsch
no espetáculo Puzzle, apresentado em Frankfurt e São Paulo e, em 2015,
no Rio de Janeiro.
Opisanie Swiata, disponibilizado pelo clube na edição da Cosac Naify, busca trabalhar com imagens, gêneros literários e viagens, espero que gostem dessa experiência, abaixo um vídeo que a autora fala sobre o livro. Até quinta(01/12)!
Texto da biografia foi retirado do site:
Veronica Stigger. Disponível:
<http://www.agenciariff.com.br/site/AutorCliente/Autor/128>.
Data de acesso 30/11/2016.
Essa semana iremos debater sobre a obra de um dos escritores mais importantes da literatura hispano-americana, conheceremos o Gabo!
Gabriel García Marques (1927-2014), apelidado na infância de Gabo ou Gabito, nasceu no dia 6 de março, na cidade de Aracataca na Colômbia. Filho de Gabriel Elígio García e Luisa Santiaga Márquez. O casal teve onze filhos. Gabriel foi criado com os avós, em Aracataca, enquanto a família vivia na cidade de Barranquilla. Estudou no Liceu Nacional de Zipaquirá em Barranquilla. Estudou Direito e Ciência Políticas na Universidade Nacional da Colômbia, em Bogotá, mas não concluiu o curso. Casado com Mercedes Barcha, teve dois filhos, Rodrigo e Gonzalo. Iniciou sua carreira literária, no final da década de quarenta, com a publicação de contos, onde retrata um mundo fantástico que caracteriza toda sua obra. Em 1949 ingressou no jornal El Universal, trabalhou também no El Heraldo e no El Espectador. Em 1955, influenciado pelo professor de literatura, Calderón Hermida, escreveu seu primeiro romance "O Enterro do Diabo". Em 1959 vai para Europa como correspondente internacional e em 1961 vai para Nova York, também como correspondente. Suas críticas aos exilados cubanos e sua amizade com Fidel Castro fizeram ser perseguido pela CIA. Em 1962 ganhou o Prêmio Esso de Romance, na Colõmbia, com o romance "O Veneno da Madrugada". Publicou, em 1967, "Cem Anos de Solidão", considerado um marco da literatura latino-americana. O livro é uma saga que narra a história da família Buendia, na cidade fictícia de Macondo: um universo mágico habitado por desejos, sonhos e paixões, descrito com insuperável talento poético. Entre seus romances e contos escreveu "Relato de um Náufrago" em 1955 e "O Amor nos Tempos do Cólera" em 1985. Foi o primeiro colombiano a recebeu o Nobel da Literatura em 1982, pelo conjunto de sua obra. Recebeu o Prêmio Esso de novela por "Má Hora", e em 1971 o Doutor Honoris Causa da Universidade Colúmbia, em Nova Iorque. Recebeu a Medalha da Legião Francesa em Paris, em 1981. Em 2002, depois de ser diagnosticado com um câncer linfático, escreveu sua autobiografia "Viver para Contar". Em abril de 2009 declarou que tinha encerrado sua carreira literária, estava aposentado. Gabriel García Marquez, que também sofria de demência senil, faleceu em sua casa no México, no dia 17 de abril de 2014.
A novela Ninguém escreve ao Coronel foi disponibilizada na edição da coleção Novis da Biblioteca Visão. Está foi uma das primeiras obras escritas por Gabriel, ainda amadurecendo o estilo que encontraria seu auge em Cem anos de solidão. Abaixo um vídeo de uma entrevista Karl Erik Schollhammer, doutor em Literatura Latino-Americana,falando sobre o Realismo Mágico. Até quinta!
Texto da biografia foi retirado do site:
Gabriel García Márquez. Disponível:
<https://www.ebiografia.com/gabriel_marquez/>.
Data de acesso 14/11/2016.